Já que não pude ter a honra de conhecer O Poeta de Sentimento do Mundo, tampouco pude passar uma tarde ao seu lado na Praia de Copacabana, deixo aqui como homenagem uma de suas reflexivas frases e, posteriormente, indagações sobre o amor, declamado por Paulo Autran:
"A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perde-se também a felicidade".
(Carlos Drummond de Andrade)
FATO CONSUMADO: VIVER SIGNIFICA ARRISCAR-SE, LANÇAR-SE
EM PROL DE!
Quanto tempo desperdiçamos impedindo-nos de sentir, de transmitir sentimentos ao outro, de nos permitirmos???
Quanto
tempo gastamos construindo uma bolha esterelizada, um casulo para
habitarmos dentro e nos esquecemos de exergar os demais??
"Quem pode, pergunto,
o ser amoroso,
sozinho,
em rotação universal,
senão rodar também,
e amar?"
o ser amoroso,
sozinho,
em rotação universal,
senão rodar também,
e amar?"
"Não
importa o que se ama. Importa a matéria desse amor. As sucessivas
camadas de vida que se atiram para dentro desse amor. As palavras são só
um princípio - nem sequer o princípio. Porque no amor os princípios, os
meios, os fins são apenas fragmentos de uma história que continua para
lá dela, antes e depois do sangue breve de uma vida. Tudo serve a essa
obsessão de verdade a que chamamos amor. O sujo, a luz, o áspero, o
macio, a falha, a persistência."
Inês Pedrosa