Sou brisa e moinho de vento, que ao encargo da vida, às vezes briga, às vezes abrigo, às vezes caos, às vezes silêncio...
Eu, a brisa, inaudível e insípida, música e dissonância, que ao encargo da vida, às vezes dor, às vezes euforia, às vezes perecer, às vezes renascer...
Eu, a brisa, povo e solidão, completude e carência, que ao encargo da vida, às vezes acolho, às vezes acolhida, às vezes semente, às vezes colheita, às vezes ofuscada, às vezes reluzente...
Eu, a brisa, suave e atroz, às vezes força e fragilidade, às vezes opressor e vítima, que a mercê da vida, às vezes vento, simplesmente alento ou tão somente brisa.
Mayara Harine