terça-feira, 26 de março de 2013

Eu, a brisa





Sou brisa e moinho de vento, que ao encargo da vida, às vezes briga, às vezes abrigo, à
s vezes caos, às vezes silêncio...

Eu, a brisa, inaudível e insípida, música e dissonância, que ao encargo da vida, às vezes dor, às vezes euforia, às vezes perecer, às vezes renascer...
Eu, a brisa, povo e solidão, completude e carência, que ao encargo da vida, às vezes acolho, às vezes acolhida, às vezes semente, às vezes colheita, à
s vezes ofuscada, às vezes reluzente...

Eu, a brisa,  suave e atroz, às vezes  força e fragilidade, às vezes opressor e vítima, que a mercê da vida, às vezes vento, simplesmente alento ou tão somente brisa.

Mayara Harine